top of page
Buscar
  • Foto do escritorRoberta Züge

ALIMENTOS SAUDÁVEIS E SALUTARES PARA A SOCIEDADE E AO MEIO AMBIENTE




A Agropecuária sofreu diversas mudanças, notadamente após o final da II Guerra Mundial. A produção de alimentos e fibras demonstrou um incremento grande, pelas novas tecnologias empregadas, mecanização, utilização de insumos químicos, da especialização e algumas políticas para favorecer a maximização da produção. Apesar de estas mudanças terem proporcionado um efeito positivo e até, certa redução de alguns riscos, outros problemas também foram desencadeados como; o esgotamento solo, contaminação das águas, declínio da agricultura familiar, negligência de condições de vida e de emprego para os trabalhadores rurais, aumento dos custos de produção, e a desintegração das condições econômicas e sociais nas comunidades rurais.


Para o consumidor, eminentemente das cidades, sanadas as necessidades primárias de volume de produção, quando o acesso aos alimentos, principalmente, as proteínas de origem animal atingiu grande parte da população dos países desenvolvidos e têm chegado à mesa, com frequência, de muitos consumidores de países emergentes, outros requisitos estão sendo solicitados, ou mesmo exigidos, como premissa de comercialização.


Neste cenário, as práticas utilizadas no campo estão sendo questionadas pelos consumidores. Não basta apenas ser competitivo, deve-se produzir com qualidade, mas isto vai muito além de um alimento saudável e palatável, facilmente encontrável no comércio e a um preço justo. Requisitos, anteriormente, satisfatórios para ser considerado adequado aos anseios do consumidor. Entre as novas exigências dos consumidores, pode-se destacar o atendimento à sustentabilidade da produção, que permeiam as práticas que atendam as necessidades ambientais, sociais e, na pecuária, ao bem estar animal. Assim, os problemas ocasionados pela intensificação da produção estão sendo questionados.


Com isto, há um movimento crescente que busca uma pecuária sustentável. Isto não pode ser avaliado como uma barreira ao processo produtivo, mas sim uma oportunidade de inovação e adoção de práticas economicamente viáveis para os produtores, trabalhadores, consumidores, políticos e todos os envolvidos da cadeia de produção de alimentos.


As demandas do campo podem ser atendidas quando os preceitos das Boas Práticas Agropecuárias são aplicados na produção. Os requisitos aperfeiçoam os processos, diferentemente do que pensam muitos produtores convencionais, não há aumento dos custos, somente uma otimização do que se está fazendo. Normalmente, as mudanças são sempre impactantes, há certa refratariedade em se adotar novos processos. Tais preceitos ainda são desconhecidos por muitos produtores, tornando-se necessário um amplo trabalho de capilarização das práticas e conceitos, que possa, de fato, mudar o cenário da pecuária e evidenciar aos consumidores que os alimentos produzidos são, além de saudáveis, salutares para a sociedade e ao meio ambiente.



 

Roberta Züge Diretora administrativa do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)Vice-Presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná (SINDIVET)Médica Veterinária Doutora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP)

30 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commenti


bottom of page